sexta-feira, 17 de abril de 2009

Miller diz que pretende marcar história no Mais querido

Publicado em 16 de abril de 2009, às 23:02
Por Redação CoralNET
Desde 2006, a torcida do Santa Cruz vem ouvindo falar de um garoto das divisões de base que promete dar muitas alegrias. A jovem promessa atende pelo nome de Miller. Habilidoso, o meia de 19 anos é considerado um dos atletas com maior potencial entre os atuais pratas-da-casa do Mais Querido.
No programa Estação Coral da última segunda-feira a revelação coral mostrou seriedade e clareza na hora de analisar sua atual situação. Miller reconhece que ainda não é um atleta pronto e que só com os treinamentos é que poderá, de fato, amadurecer como jogador. Enquanto trabalha, o meia espera ir ganhando, aos poucos, a confiança para se firmar como titular do Mais Querido em um futuro próximo.
MILLER HOJEMiller começou 2009 integrado ao grupo profissional, mas como não foi aproveitado, acabou voltando ao time de juniores. O atleta encarou a mudança de forma positiva. “Fiquei um tempo afastado, sem ser relacionado, foi quando voltei para o time junior. Estou podendo melhorar tecnicamente nos treinamentos, pegando confiança e aos poucos vou reconquistando meu espaço entre os profissioais, tanto que já fiquei no banco nesse jogo [contra o Petrolina]. Espero continuar melhorando pra poder ser aproveitado na Série D”, afirmou.
“Na ocasião que desci, agradeci ao treinador [Bittencourt] por ter me colocado nos juniores de novo, já que por ter subido para os profissionais muito novo, não aprendi muitas coisas na base. Às vezes, quando jogadores muito novos têm oportunidade no profissional e depois descem para os juniores de novo, não conseguem absorver isso como uma oportunidade para trabalhar mais e melhorar, acham que é o fim do mundo, relaxam e acabam sendo dispensados. Quando desci com Bagé [treinou a equipe na Série C 2008] não achei justo, mas agora com o Márcio achei, por isso fui falar com ele”, disse.
Miller afirmou ter um bom relacionamento com Bittencourt. “Ele sempre me dá forças, fala como tem que ser, diz que tem que ralar bastante. Com certeza aceito os conselhos dele, procuro absorver isso pra mim, para poder melhorar a cada dia”, revelou.
2008Ano passado, Miller também esteve no grupo profissional, assim como vários outros pratas-da-casa, que acabaram não sendo aproveitados depois. Na ótica do atleta, aquele não era o momento de lançar jogadores jovens. Essa precipitação acabou sacrificando vários jogadores, os queimando junto à torcida.
“No momento que o Santa tava, não dava pra colocar a gente, tinha que contratar jogador. A responsabilidade era grande, o time estava ameaçado até de cair no Estadual, tinha que contratar e não botar a responsabilidade em cima dos pratas-da-casa. Infelizmente muitos não foram aproveitados, alguns foram emprestados, foi prejudicial para quem tava subindo naquele momento”, afirmou.
PRESSÃO PARA SER TITULARApesar dos maus resultados em 2008, o futebol de Miller causou boa impressão na torcida, que cobrou do técnico Márcio Bittencourt a utilização do meia este ano, já que em algumas rodadas foi preciso improvisar atletas de outras posições no meio-de-campo. Miller fica contente com os pedidos da torcida, mas não se afoba.
“Por ser novo, ainda tenho muito a aprender. Não posso dizer que vou chegar e resolver. Tenho que ter uma seqüência de jogos, entrar aos poucos. Fico agradecido pelo carinho que o torcedor tem comigo. Procuro pegar isso mais como motivação, sempre tentando melhorar nos treinamentos”, disse.
Miller também tem consciência de que, na atual situação do clube, a paciência do torcedor fica mais curta e os elogios podem virar críticas rapidamente. “Todo mundo sabe que é muito difícil a situação do Santa Cruz. Não basta só ganhar, tem que convencer. Matar dois leões por dia. Estou correndo por fora, treinando bem, indo devagarzinho, espero que quanto tiver minha oportunidade possa dar meu melhor e poder ajudar”, disse.
COBRANÇAS SOBRE OS PRATAS-DA-CASAAssim como o atacante Thomas Anderson, Miller também enxerga uma cobrança exagerada sobre os pratas-da-casa e afirma que isso pode, até mesmo, determinar o fim da carreira de algumas boas promessas.
“Todo mundo sabe que quando o jogador é da base a responsabilidade é bem maior. Cobram bastante, não querem saber se é novo, se é velho. Para quem vem de fora, a cobrança existe, mas não como com quem está na base”, disse.
“Muitas vezes, os meninos, por serem novos, não suportam as críticas. Um estádio inteiro gritando, vaiando, quem é novo sente. Quem vem de fora, já experiente, não sente tanto. Por isso não é interessante colocar tanta gente da base. Às vezes, ali mesmo pode acabar a carreira do jogador, pois cria um trauma da torcida”, explicou Miller.
FUTUROMiller mantém os pés no chão na hora de reconhecer suas limitações atuais, no entanto, o jovem mira alto quando traça seus objetivos para o futuro. “Aos poucos vou poder entrar, ser titular e me tornar inesquecível para o Santa Cruz. Isso é que eu pretendo, marcar a história do clube. Aos poucos ganharei meu espaço”, afirmou.
“Sou novo mas quero vencer na vida então não vou baixar a cabeça no primeiro obstáculo. Individualmente tem que treinar bem e pegar a confiança do treinador, que é o mais importante. O treinador não vai colocar quem ele não confia, pois a responsabilidade do dele é grande. Agradeço aos torcedores, que são fanáticos pelo Santa Cruz, peço paciência e em breve espero jogar e dar alegrias à torcida tricolor”, concluiu.
Fonte: Agência CoralNET de Notícias

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