Publicado em 10 de março de 2009, às 20:21
Por Marcos Velloso
A principal dor de cabeça do técnico Márcio Bittencourt nesta temporada tem sido escalar o setor ofensivo do meio de campo do Santa Cruz. No último jogo, na vitória por 2x0 sobre o Porto, o time coral atuou no esquema 3-5-2 sem nenhum meia de ofício, ficando com os volantes a missão de criar as jogadas. Além disso, nas outras partidas deste ano, o técnico utilizou quase sempre somente um meio campista.Apesar dessa dificuldade de encontrar um organizador de jogadas da equipe, Bittencourt prefere preservar alguns meias das divisões de base que já entraram e deram conta do recado. É o caso de Miller, de 19 anos, que estreou no profissional no ano passado e tem 11 jogos no time principal do Santa.Mas, sua última aparição foi no dia 18 de janeiro, na vitória contra o Central (2x1), pela 3ª rodada do 1° turno do Pernambucano. Depois disso, o treinador tricolor decidiu mandar Miller de volta aos juniores por entender que ele estivesse acomodado. “Eu tenho conversado muito com ele e ele me disse que a descida foi boa. É uma maneira de se condicionar melhor, ter oportunidade de jogar para a gente trazer pra cima. É um garoto e tem que ter paciência. O torcedor pode vaiar e, às vezes, não tem estrutura e a gente acaba perdendo um jogador que pode ter um grande futuro”, disse Bittencourt.Outro meia da base que não vem tendo oportunidade é Thiago Henrique, de 20 anos. Assim como Miller, Thiago jogou apenas uma vez neste Estadual – na 1ª rodada. Ele, no entanto, segue no elenco profissional na expectativa de conseguir uma chance em meio aos problemas na formação do setor criativo do Mais Querido.Leandro Gobatto, que está contundido, é o meio campista mais atuante na temporada – nove em 15 jogos do Santa. Depois aparecem William (sete), Juan Felipe (dois), este já não está mais no clube, e Miller e Thiago Henrique, com uma partida cada. Para suprir a lacuna no meio, Márcio Bittencourt geralmente escala volantes como Elder e Anderson.Independente da posição, o treinador costuma adotar a cautela na hora de lançar um prata da casa, como aconteceu com o atacante Thomas Anderson nos últimos três jogos. “O Thomas Anderson entrou numa partida, eu conversei com ele e já melhorou. Você tem que trabalhar a cabeça do jogador para chegar no time de cima.”Atualmente, o Santa Cruz conta com sete jogadores das divisões de base no elenco. Situação bem diferente da do ano passado, que, em certos momentos, eles eram maioria entre os profissionais.
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